Dela Marmy
Joana Sequeira Duarte (aka Dela Marmy) é uma artista com raízes em Trás-os-Montes, Beira Baixa, Porto e Lisboa. Integrou a banda The Happy Mess, nos sintetizadores e voz e mais tarde lançou-se num percurso a solo, estreando-se com o nome Dela Marmy em 2019, desenvolvendo a partir daí uma música onde a pop mais sonhadora coabita com lugares do rock ou folk mais alternativos, ao mesmo tempo que, em palco, as canções ganham cor, volume e um corpo performativo, ou não tivesse ela estado ligada à dança durante muitos anos. Dança aliás como canta, misto de delicadeza, encanto e verdade.
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O longa-duração, sucessor dos EPs “Captured Fantasy” e “Dela Marmy”, chega a todas as plataformas de streaming, no seu formato digital, e às lojas com uma versão física em vinil. No novo trabalho de originais a cantora e compositora estreia-se em Português, mais exposta e vulnerável do que nunca perante um conjunto de canções intimistas, que vão de encontro à singularidade selvagem e poética da sua voz. O disco reúne influências da art pop, indie-folk e electrónica e dele já são conhecidos três singles, “E se o Céu se Apagar”, “Desejo” e a faixa homónima “Acaso”.
O espetáculo ondula entre a densidade e a leveza, tanto dos gestos, como das palavras, do canto ou da dança. Partindo de um corpo poético, cru, empático e político e, ao lado da sua banda composta por bateria, baixo, teclados, guitarra acústica e elétrica, Dela Marmy dá a conhecer “Acaso”, um conjunto de cartas-canções em português, em que a artista reflete sobre amor, procura, perda, intimidade, desintegração, desejo e esperança, colocando em evidência – individual e coletiva – o acaso com que a vida se apresenta inúmeras vezes e as possibilidades que se abrem nesse surpreendente espectro fora do controle. Um manifesto em clara resistência ao superficial, ao individualismo, à cultura acrítica, à ditadura do algoritmo e ao alheamento, circunstâncias demasiado visíveis nos dias de agora. Com uma sonoridade envolvente, que une elementos eletrónicos e acústicos circundando a sua voz voluptuosa, Dela Marmy transporta quem a ouve para um território onde imaginação(ou irreal) e realidade não são passíveis de serem dissociados.